Na verdade, não é um único exame, mas um conjunto de exames desenvolvidos para identificar, dentro da população aparentemente saudável, bebês que possam apresentar doenças genéticas e infecciosas congênitas que geralmente não se manifestam ao nascimento, mas que necessitam ser tratadas precocemente, para impedir complicações e sequelas.
A triagem neonatal é considerada, no mundo todo, uma das ações preventivas mais importantes dentro da Pediatria. No Brasil, o Ministério da Saúde criou em 2001 o Programa Nacional de Triagem Neonatal por meio de uma portaria que torna obrigatória a realização da triagem de quatro doenças (fenilcetonúria, fibrose cística, hipotireoidismo congênito e anemia falciforme) em todas as crianças nascidas em território nacional. O programa já está em funcionamento em alguns estados e está em fase de implantação em outros.
Existe um número maior de doenças que podem ser incluídas, além daquelas determinadas pelo Ministério da Saúde, e cujos exames são oferecidos por laboratórios privados. A decisão sobre quantas e quais serão investigadas deve ser tomada pelo médico da criança, juntamente com a família.O momento ideal para a realização da coleta de sangue é entre 3 e 7 dias de vida.
Antes de três dias, o bebê ainda não se alimentou o suficiente para que as alterações possam ser detectadas pelo exame. Após uma semana de vida, algumas das alterações causadas pelas doenças podem já ter se manifestado, tornando-se, às vezes, irreversíveis.
É importante lembrar que qualquer anormalidade encontrada no Teste do Pezinho deve ser confirmada por outros exames, a serem solicitados pelo pediatra. Os testes de triagem não são considerados definitivos para o diagnóstico.
Fonte:
Dra. Letícia Leão - Médica Pediatra
Geneticista
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